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18 de janeiro de 2011

Denúncia de exploração animal em Aparecida de Goiânia


Amigos leitores,

Hoje vamos compartilhar juntos uma experiência repulsiva.Entre tantas que já vimos.É verdade que todo relato são descritos com muita emoção e eu gosto de participar nossas alegrias e nossas vitórias,ainda que para alguns pareçam pequenas,para nós-é uma maratona vencida.Todo sucesso é consequencia de uma luta diária,por isso hoje vamos falar de mais uma dessas lutas,que tenho certeza,posteriormente mais um brado de vitória compartilhado aqui também.

Mas para o novo leitor,que chega nesta página agora , um convite à reflexão sobre como nossa sociedade trata animais como mercadorias e prisioneiros.

Tivemos o grande desprazer de conhecer um criador de fundo de quintal que mantém em péssimas condições de higiene e segurança,raças das mais diversas.Reformando seu belo e rico sobrado em aparecida de Goiânia,enquanto uma inocente pit bull fica acorrentada num banheiro com suas mamas flácidas e um olhar vazio, algumas dezenas de pinschers no outro lado do quintal,um casal de rotweillers,outro de pastores e sabe-se Deus mais o que poderíamos encontrar se não fossemos contidos pela imagem de Zulú.

Zulú foi encontrado em Novembro perambulando pela rua e o "comerciante de animais" identificando que se tratava de um animal lucrativo,o recolheu.Para azar de ambos,Zulú estava doente e foi definhando nos últimos meses já que não recebera nenhum tratamento,então,seria encaminhado ao Centro de Zoonozes.Claro! O dever deles é trabalho escravo,sem assistência e se fizer necessário algum gasto "extra", que seja condenado à morte.Respeito e zelo é uma palavra banida da vida desses comerciantes.

Não fomos ao local para retirar Zulú. Cejana que é participante do Projeto Hammã tinha ido para apurar a denúncia e orientar o "coisinha",quem sabe tratar do animal sem ter que retirá-lo.Quem sabe esse homem depois de uma longa e esclarecedora conversa se tornasse mais humano? Afinal é sabido entre todos a longa divída que estamos tentando pagar e então,recolher animal agora sem apadrinhamento sério,é fora de cogitação.

Mas as coisas não funcionam nesse ritmo de racionalidade. Liguei para Cejana quando ela ainda estava lá para saber do andamento.Ela me dizia poucas palavras,confusas,uma voz embargada mandando a mensagem para nosso coração.Todos nós ficamos aflitos.Telefonemas,pedidos de lar temporário,estratégias de remanejamento dos animais...a tristeza emitida na voz era uma tristeza conhecida por todos nós,não podíamos ficar alheios.Então seguimos no outro dia para a retirada de Zulú do inferno em que padecia.

Buscamos Zulú e o internamos imediatamente na esperança de que ele resista.O olhar de Zulú é um olhar que eu não conseguia traduzir de forma satisfatória.Era como se ele dissesse:"é o fim,não se preocupem,eu já aceitei.Já me condenaram há algum tempo".Não culpava nínguem e obedecia com carinho aos comandos de seu algoz. O corpo totalmente anorexo,infecção que já estampavam os olhos,cheios de escaras por todo corpo devido à magreza que não o amortecia mais no chão cheio de pó de cimento aonde dormia,crânio completamente sem massa muscular.

Sei que muitos aqui vão questionar sobre a lei 9605/98 art 32 que diz que maltratar animais é crime.Sabemos disso.Então caberia à esse senhor comerciante de vidas uma denúncia.Sabemos disso também.
Não temos conhecimento sobre a atuação da prefeitura em outros estados,sabemos como é aqui em Goiânia.Cega,lenta e falha.

Se fizermos uma denúncia e com muita sorte ela for apurada, esses animais serão retirados do local. E então,encaminhados ao centro de zoonozes de Goiânia,pioneiro em eutanásia de cães de grande porte e sem estrutura para receber animais pequenos. Devemos trocar a forma de maus tratos a fim de que se cumpra a lei? Visto que a mesma lei que protege e a mesma que dá fim a vida?

A teoria do estado diz que "todo poder emana do povo" e é o povo que dá poderes aos seus representantes de governar.Referindo-se à Goiânia,o povo não sabe sequer que existe a lei de maus tratos à animais ou qual é o papel da Dema (delegacia municipal do meio ambiente),que existem grupos de proteção à animais ou no máximo quando sabem,tem medo de denunciar.Isso contribui para uma legislação que não muda,não atua e não protege.E nós ainda pagamos seus salários para isso!

Penso sobre o caso de Zulú,analiso,questiono,busco respostas tão difíceis de alcançar. Canto uma música de Renato Russo:

"Tem gente que está do mesmo lado que você / mas deveria estar do lado de lá"... 

Então me refúgio em quem "eu sinto" do lado de cá, conto a história de Zulú ao grupo e a reação é a mesma entre todos,o silêncio predominante da dor,da impotência, todos nós hoje tínhamos olhar e voz apagados, tudo era tristeza.

Sabem,é ruim ver um animal na rua,sofremos também.Mas ele está abandonado.Não tem casa,não tem dono.O encontramos e a pergunta:quem abandonou?Nunca saberemos e talvez encontre alguma chance,ou nós possamos vê-lo.Um animal torturado silenciosamente debaixo do teto e do olhar de um racional,vítima de abandono afetivo,confinado,que vai morrer quietinho,silencioso,aos poucos,sem falar,sem gritar,sem vestígios,sem suspeitas, sem denúncias,e nunca nínguem vai saber o quão torturante foi isso. Nínguem vai ser condenado por isso.

Queridos,escrevo também para não simpatizantes da causa.Penso em suas opiniões práticas, na teoria formada de um mundo prático,onde o animal deve servir ao homem e assim ser subjugado.

Mas essa teoria devia ser destruída, pois assim como do nada, nada pode sair, assim também uma "força cega", sem inteligência, sem raciocínio, sem consciência e, portanto, sem ação,sem emoção, será incapaz de engajar um "ser" que revela poder, vontade, inteligência, raciocínio.Qualquer inteligência desprovida de emoção,é uma inteligência flácida e desnecessária.

Amigos, lembrem-se sempre que vierem aqui,que esse trabalho só é possível se houver a sua ajuda, não empurre para o próximo, você é responsável por suas emoções,e se o nosso trabalho faz seu coração se alegrar,sustente essa alegria,partilhe conosco.

O Projeto Hammã tem várias formas de ajuda,como nosso bazar,voluntariado,doação de remédios,ração,lar transitório,doação financeira,apadrinhamento,etc. Visite nossa sede social,entre em contato com um de nossos associados. Seja um participante da vida desses animais.Esses animais precisam da sua ação,eles são vítimas do silêncio e da omissão. Veja os flyers abaixo e se encaixe numa das formas de ajuda. Zulú e outros lhe serão gratos.

Finalizo com outro pensamento bem apropriado de Renato Russo:
"Se o mundo é mesmo parecido com que vejo,prefiro acreditar no mundo do meu jeito."

Contamos com a colaboração de todos.Verdade!

Obrigada, fiquem com Deus.

Meibel 
Projeto Hammã

Voluntários resgatam cerca de 700 cães durante tragédia no RJ


Além de Caramelo, cão que vela sua dona no cemitério, e Beethoven, o cachorro que foi levado pelas águas em resgate televisionado, Pipoca, Suzy, Estrelinha do Mato, Geralda, Chiquinha e Orelhinha e mais de 700 sobreviventes caninos fazem parte da maior calamidade pública do Brasil.

Eles vivem em dois canis na estrada da Fazenda da Laje, área de difícil acesso no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo (RJ). Ali, a quase 20 quilômetros do centro da cidade, em uma comunidade pobre no alto da encosta, não chega comida, água ou luz há uma semana. Os moradores contaram que depois de um desmoronamento que durou mais de 10 minutos durante a madrugada de terça-feira a estrada foi coberta de terra.

No canil da ONG Combina, que cuida de aproximadamente 400 cães, vinte animais morreram por conta do isolamento. As equipes de resgate jogaram comida e donativos durante um sobrevoo de helicóptero até que o acesso ao sítio seja liberado, mas a situação é preocupante.

Para saber mais sobre o resgate e como ajudar as ONGs de protetores de animais do RJ basta clicar aqui ou aqui.


Cão vigiava o túmulo da dona em Teresópolis


A prova da lealdade ao seu dono foi dada por um cão numa cena inusitada em  um cemitério de Teresópolis.

Após o sepultamento de sua dona, o cão apelidado de "Caramelo" permaneceu ao lado da cova onde ela havia sido enterrada. A foto que registrou esse fato correu o país nos últimos dias, demonstrando que um cão não abandona seu dono nem mesmo após a morte deste (para saber mais detalhes sobre este fato basta clicar aqui). Antes, o cão tinhahavia ajudado no resgate de sua ex-dona e seus familiares indicando o local onde estavam soterrados. Caramelo escavava o lugar sem parar (detalhes aqui).

Sensibilizada, uma família do Rio de Janeiro resolveu entrar em contato com a ONG Estimação, que havia resgatado o cão, e solicitou a sua adoção. Seria um final feliz para uma história tão trágica.

Apesar da boa vontade demonstrada, a nova família não conseguiu evitar a fuga do cão Caramelo, que até o momento encontra-se desaparecido. Você pode ver mais detalhes de sua fuga clicando aqui.

Canis sofrem com falta de comida e remédios em Nova Friburgo

Além de Caramelo, cão que vela sua dona no cemitério, e do cachorro que foi levado pelas águas em resgate televisionado, Pipoca, Suzy, Estrelinha do Mato, Geralda, Chiquinha e Orelhinha e mais de 700 sobreviventes caninos fazem parte da maior calamidade pública do Brasil.

Eles vivem em dois canis na estrada da Fazenda da Laje, área de difícil acesso no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo (RJ). Ali, a quase 20 quilômetros do centro da cidade, em uma comunidade pobre no alto da encosta, não chega comida, água ou luz há uma semana. Os moradores contaram ao UOL Notícias que depois de um desmoronamento que durou mais de 10 minutos durante a madrugada de terça-feira a estrada foi coberta de terra.

No canil da ONG Combina, que cuida de aproximadamente 400 cães, vinte animais morreram por conta do isolamento. As equipes de resgate jogaram comida e donativos durante um sobrevoo de helicóptero até que o acesso ao sítio seja liberado, mas a situação é preocupante.

Para saber mais basta clicar aqui.


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